domingo, 29 de maio de 2011

Tratamento faz paraplégico ficar de pé e caminhar nos EUA


Uma equipe de pesquisadores norte-americanos conseguiu fazer um paraplégico ficar de pé e caminhar novamente. O tratamento pioneiro se baseia no que os cientistas chamam de “estímulo epidural”, além de muito treinamento físico.

O paciente é capaz de manter-se de pé durante vários minutos, dando ele mesmo o impulso muscular necessário para se levantar. Com a ajuda de outras pessoas também pode dar vários passos e movimentar de maneira voluntária os quadris, os joelhos, os tornozelos e os dedos dos pés. Além disso, recuperou parcialmente o funcionamento de seus órgãos sexuais e de sua bexiga.


Os pesquisadores basearam seu projeto na estimulação elétrica epidural contínua e direta da parte inferior da medula espinhal do paciente, simulando os sinais que o cérebro transmite em condições normais para iniciar um movimento.


Quando o sinal é transmitido, a própria rede neurológica da medula, em combinação com a informação sensorial que as pernas enviam à medula, é capaz de dirigir os movimentos do músculo e das articulações necessários para erguer-se, caminhar, sempre com a ajuda de outras pessoas.


O outro aspecto chave do trabalho foi “reeducar” as redes neurológicas da medula de Summers para produzir o movimento muscular necessário para levantar-se e dar alguns passos.


O processo do treinamento durou mais de dois anos de trabalho, após o paciente ter passado por uma cirurgia que implantou nas costas um dispositivo de estimulação elétrica, que é o responsável da voluntariedade dos movimentos.


O estudo foi uma parceria entre três instituições norte-americanas: a Universidade de Lousiville, no estado de Kentucky, a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), e o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech). Os resultados foram publicados na última edição da revista médica “The Lancet”.


Explicações

A professora Susan Harkema e o professor Reggie Edgerton, que dirigiram a pesquisa, expressaram em “The Lancet” seu desejo que seu trabalho permita aos pacientes que sofreram lesões medulares levar uma unidade portátil de estímulo elétrico.


O objetivo é facilitar a possibilidade dos paciente de se levantarem, se manterem em pé e darem alguns passos de maneira independente, embora sempre com a necessidade de se apoiarem em um andador.


No entanto, Harkema e Edgerton se mostraram cautelosos e ressaltaram que ainda há muito trabalho pela frente antes que esta técnica possa se transformar em uma prática habitual.


“É um grande passo adiante. Abre uma grande oportunidade para melhorar a vida diária destes indivíduos, mas temos um longo caminho a percorrer”, manifestou a professora Harkema.


Edgerton insistiu que “a medula espinhal está pronta, já que as redes neurológicas são capazes de iniciar os movimentos que implicam suportar peso e dar passos relativamente coordenados sem nenhum tipo de informação procedente do cérebro”.


“Isto é possível em parte graças à informação que devolvem as pernas diretamente à medula espinhal”, explicou.


“Esta retroalimentação dos pés e pernas para medula melhora o potencial do indivíduo para manter o equilíbrio e dar uma série de passos, e decidir sobre a direção que vai caminhar e sobre o nível de peso que suporta”, indicou Edgerton.


“A medula pode interpretar estes dados de maneira independente e enviar instruções de movimento outra vez às pernas, tudo isso sem participação cortical”, acrescentou o investigador.


O paciente

Os autores sublinharam também que o caso de Rob Summers é especial, porque embora esteja paralisado desde o tronco do corpo humano até os pés apresenta uma certa sensibilidade na zona imobilizada.


Summers, de 25 anos, ficou paraplégico depois que sofreu um acidente de trânsito em 2006. “Este procedimento mudou totalmente minha vida. Para alguém que há quatro anos era incapaz de movimentar um só dedo do pé, ter a liberdade e a capacidade de levantar-se sozinho é uma sensação incrível”, manifestou o rapaz.


“Poder levantar um pé e poder voltar a colocá-lo no solo outra vez foi incrível, mas além de isso, minha sensação de bem-estar mudou. Meu tom psíquico e muscular melhorou muito, até o ponto que muita gente não acredita que esteja paralisado. Acho que a estimulação epidural me permitirá deixar a cadeira de rodas”, disse.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Entenda o que muda com o novo Código Florestal


O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o Relatório Rebelo instituindo um novo Código Florestal brazuca. O texto legaliza o uso de algumas APPs já ocupadas com produção agrícola desde que essa antropização tenha ocorrido antes de 22 de julho de 2008. O texto, que ainda será votado pelo Senado, revoga o código em vigor. O texto-base do relator, deputado Aldo Rebelo, foi aprovado por 410 votos a 63 e 1 abstenção.Uma emenda ao texto, aprovada por 273 votos a 182, dá aos estados, por meio de um Programa de Regularização Ambiental (PRA), o poder de estabelecer, após avaliação pelo órgão ambiental estadual, outras atividades agrícolas que não precisem ser removidas das APPs. As hipóteses de uso do solo por atividade de utilidade pública, interesse social ou de baixo impacto serão previstas em lei e, em todos os casos, devem ser observados critérios técnicos de conservação do solo e da água.O dia 22 de julho de 2008 estabelecido como ponto de corte no texto aprovado é a data de publicação do segundo decreto (6.514/08) que regulamentou as infrações contra o meio ambiente com base na Lei 9.605/98.Proteção nos rios As faixas de proteção nas margens dos rios continuam exatamente as mesmas da lei vigente hoje (30 a 500 metros dependendo da largura do rio), mas passam a ser medidas a partir do leito regular e não do leito maior nos períodos de cheia. A exceção é para os rios estreitos com até dez metros de largura, para os quais o novo texto permitiu, para aquelas margens de rio totalmente desmatadas, a recomposição de 15 metros. Ou seja, para rios de até 10m de largura onde a APP está preservada continua valendo o limite de 30m; para rios totalmente sem mata ciliar o produtor ainda está obrigado a recompor 15m.Nas APPs de topo de morros, montes e serras com altura mínima de 100 metros e inclinação superior a 25°, o novo código permite a manutenção de culturas de espécies lenhosas (uva, maçã, café) ou de atividades silviculturais, assim como a infraestruturar física associada a elas. Isso vale também para os locais com altitude superior a 1,8 mil metros.Anistia e regularização A imprensa está divulgando que o projeto “anistia desmatadores”, mas isso é uma inverdade. O que há no projeto é um incentivo à regularização ambiental de imóveis rurais. Aqueles proprietário tiverem multas, mas que decidirem regularizar seu imóvel recuperando as APPs e a Reserva Legal terão a multa suspensa. De acordo com o projeto aprovado, para fazer juiz a essa suspensão, o proprietário rural deverá procurar o Órgão Ambiental e aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), a ser instituído pela União e pelos estados. Os interessados terão um ano para aderir, mas esse prazo só começará a contar a partir da criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que deverá ocorrer em até 90 dias da publicação da futura lei. Todos os imóveis rurais deverão se cadastrar.Título executivo Quando aderir ao PRA, o proprietário que produz alimentos em área superior ao permitido terá de assinar um termo de adesão e compromisso, no qual deverão estar especificados os procedimentos de recuperação exigidos pelo novo código. Dentro de um ano a partir da criação do cadastro e enquanto estiver cumprindo o termo de compromisso, o proprietário não poderá ser autuado novamente.Caso os procedimentos sejam descumpridos, o termo de adesão funcionará como um título executivo extrajudicial para exigir as multas suspensas.Para os pequenos proprietários e os agricultores familiares, o Poder Público deverá criar um programa de apoio financeiro destinado a promover a manutenção e a recomposição de APP e de reserva legal. O apoio poderá ser, inclusive, por meio de pagamento por serviços ambientais.Texto mantém índices de reserva legal, mas permite usar APPs no cálculo De acordo com o texto aprovado, os proprietários que explorem em regime familiar terras de até quatro módulos fiscais poderão manter, para efeito da reserva legal, a área de vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008.Na regra geral, o tamanho das Reservas Legais continua exatamente os mesmos exigidos no código em vigor: 80% nas áreas de floresta da Amazônia; 35% nas áreas de Cerrado; 20% em campos gerais e demais regiões do País. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do estado, o Executivo federal poderá reduzir, para fins de regularização da áreas agrícolas consolidadas, a reserva exigida na Amazônia. O Ministério do ½ Ambiente e o Conselho Nacional do ½  Ambiente (CONAMA) não precisam mais ser ouvidos, como prevê a lei em vigor.APP conta como Reserva Legal Para definir a área destinada à reserva legal, o proprietário poderá considerar integralmente a área de preservação permanente (APP) no cálculo se isso não provocar novo desmatamento, se a APP estiver conservada ou em recuperação e se o imóvel estiver registrado no Cadastro Ambiental Rural (CAR).Formas de regularização das RLs  O texto aprovado permite a regularização da reserva legal de várias formas, mesmo sem adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).Se o proprietário do imóvel optar por recompor a vegetação no próprio imóvel, isso poderá ocorrer em até 20 anos segundo critérios do órgão ambiental. O replantio poderá ser feito com espécies nativas e exóticas, em sistema agro florestal. As exóticas não poderão ocupar mais de 50% do total da área a recuperar e a reserva poderá ser explorada economicamente por meio de plano de manejo.O proprietário poderá também permitir a regeneração natural da vegetação dentro do imóvel ou compensar a área a recompor doando outra área ao Poder Público que esteja localizada em unidade de conservação de domínio público pendente de regularização fundiária. Admite-se ainda contribuição para fundo público, respeitados os critérios do regulamento, e a compra de Cota de Reserva Ambiental (CRA). As áreas que forem usadas para compensar a reserva devem ter extensão igual ao trecho compensado e estarem localizadas no mesmo bioma da reserva, ainda que em outro estado. Retroatividade O texto aprovado garante a irretroatividade da lei. Aqueles que mantinham reserva legal em percentuais menores, exigidos pela lei em vigor à época, ficarão isentos de recompor a área segundo os índices exigidos atualmente. Quem abriu 50% do seu imóvel na Amazônia quando a lei permitia não estará mais obrigado a atender a exigência de 80%.Cota de reserva Quem tiver Reserva Legal em excesso poderá emitir a Cota de Reserva Ambiental (CRA). Essa Cota será um título que representará o mesmo tamanho da área que deveria ser recomposta. A emissão da cota será feita pelo órgão ambiental a pedido do dono da terra preservada com vegetação nativa ou recomposta em área excedente à reserva legal devida em sua propriedade. Esse título poderá ser cedido ou vendido a outro proprietário que tenha déficit de reserva legal. O proprietário da terra que pedir a emissão do CRA será responsável pela preservação, podendo fazer um plano de manejo florestal sustentável para explorar a área. A CRA somente poderá ser cancelada a pedido do proprietário que pediu sua emissão ou por decisão do órgão ambiental no caso de degradação da vegetação nativa vinculada ao título. O texto prevê também que a cota usada para compensar reserva legal só poderá ser cancelada se for assegurada outra reserva para o imóvel.Plano de manejo será exigido para exploração de florestas nativasO texto aprovado exige licenciamento ambiental para exploração de florestas nativas com base em um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) do qual devem constar mecanismos de controle dos cortes, da regeneração e do estoque existente. Estão isentos do PMFS o corte autorizado para uso do solo pela agropecuária, o manejo de florestas plantadas fora da reserva legal e a exploração não comercial realizada pelas pequenas propriedades e agricultores familiares.Empresas industriaisAs indústrias que utilizem grande quantidade de matéria-prima florestal deverão elaborar um Plano de Suprimento Sustentável (PSS) com indicação das áreas de origem da matéria-prima e cópia do contrato de fornecimento. O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas e outras que consumam grande quantidade de carvão vegetal ou lenha deverá prever o uso exclusivo de florestas plantadas.O texto determina que a sociedade terá acesso público, pela internet, a um sistema que integre dados estaduais sobre o controle da origem da madeira, do carvão e de outros subprodutos florestais.Áreas urbanas  Os assentamentos em área urbana consolidada que ocupem área de preservação permanente (APP), como o Palácio do Planalto, o Estádio do Beira Rio e Cristo Redentor, por exemplo, serão regularizados com a aprovação de um projeto de regularização fundiária, contanto que não estejam em áreas de risco.Além de um diagnóstico da região, o processo para legalizar a ocupação perante o órgão ambiental deverá identificar as unidades de conservação, as áreas de proteção de mananciais e as faixas de APP que devem ser recuperadas.Reservatórios de água Para APPs em reservatórios de água, o projeto estipula tratamento diferenciado conforme o tamanho ou o tipo (natural ou artificial). No caso de lagoas naturais ou artificiais com menos de um hectare, será dispensada a área de proteção permanente. A medida tenta dar solução para os pequenos açudes construídos em imóveis rurais com objetivo de dessedentação de animais. Os reservatórios artificiais formados por represamento em zona rural deverão manter APP de 15 metros, no mínimo, caso não sejam usados para abastecimento público ou geração de energia elétrica e tenham até 20 hectares de superfície. Naqueles usados para abastecimento ou geração de energia, a APP deverá ser de30 a 100 metros em área rural e de 15 a 50 metros em área urbana

domingo, 15 de maio de 2011

15 DE MAIO DIA DA ASSISTENTE SOCIAL!


Assistentes Sociais. Profissionais que no seu dia-a-dia planejam, executam, organizam, pesquisam, assessoram e que lutam contra o assistencialismo. Parabéns aos profissionais engajados na luta pelas políticas sociais, que lutam pela melhoria da qualidade de vida das pessoas. QUERER FAZER ASSISTENCIALISMO É FÁCIL...DIFÍCIL É SER ASSISTENTE SOCIAL!

OS CONFLITOS PODEM SER RESOLVIDOS


A Gerência de Crises tem sido apontada como um dos fatores que mais preocupam as empresas, afinal quando um conflito surge numa equipe o desempenho dos profissionais e o clima organizacional podem sofrer impactos. Por outro lado, nem sempre a presença do conflito deve ser considerada um sinal de perigo, pois, em alguns casos ela serve como uma alavanca propulsora para o desenvolvimento de muitos profissionais.



 Mas isso não gera uma contradição? Afinal, a presença do conflito no ambiente corporativo é positiva ou não? Para responder a essa pergunta, o RH.com.br entrevistou Gustavo Boog, consultor organizacional e especialista em Gerência de Crises. "Quando estamos em crise, tudo o que queremos é sair dela, mas a grande diferença que existe para o lado positivo ou negativo é na forma com a qual lidamos com as crises", afirma, ao acrescentar que as crises afetam países, empresas, equipes e pessoas, ou seja, ninguém está imune aos conflitos.



 Gustavo Boog é um dos palestrantes do I ConviRH – Congresso Virtual de Recursos Humanos. Palestra "Motivação: isso faz a diferença".



 RH.com.br - A convivência entre as pessoas no ambiente corporativo nem sempre é de tranqüila. Quais os principais fatores identificam um momento de crise numa equipe?

Gustavo Boog - Nos dias de hoje, no ambiente empresarial prevalece a pressa, a busca de resultados de curto prazo, a pressão do tempo, a sobrecarga de trabalho, os gestores que são mais técnicos que líderes e isto leva as pessoas e as equipes para "mares turbulentos". As crises têm inúmeras origens e muitas formas de manifestação: podem ser pessoal – relacionamentos; profissional – carreira; de valores – questionamentos; social - posicionamentos; econômico-financeira – dinheiro; ou planetária - sobrevivência. As crises indicam que a forma pela qual resolvíamos as situações, e que dava sempre certo, não funciona mais. As crises nos convidam, ou melhor, nos empurram para algum tipo de ação, nos fazem sair do imobilismo. Crise em latim significa "ponto de mutação", e em geral é um ponto crucial no curso de um projeto ou atividade. Crises são  repentina ruptura de um aparente equilíbrio, gerando tensão e conflitos.



 RH - Os momentos de crise são obrigatoriamente negativos para as equipes?

Gustavo Boog - Não, pois as crises podem trazer dentro de si aspectos muito positivos. Quando estamos em crise, tudo o que queremos é sair dela, mas a grande diferença que existe para o lado positivo ou negativo é na forma com a qual lidamos com as crises. O ideograma chinês que representa o conceito de crise tem duas partes: uma representa o risco, a outra a oportunidade. A crise sempre traz em si a oportunidade de construir algo novo. Nas crises os riscos vêm prontos, grandes e avassaladores, e as oportunidades são sementes que podem se transformar em grandes árvores, mas que necessitam de tempo, esforço e dedicação para germinarem e crescerem.



 RH - Então, uma equipe que nunca enfrentou um momento de conflito pode ser um fator de risco para a empresa?

Gustavo Boog - Creio que não existe isso, pois as crises fazem parte do dia-a-dia de todos. Hipoteticamente falando, uma equipe ou uma pessoa que nunca enfrentou uma crise pode ser um fator de risco. As crises, apesar de serem duras, em geral, representam momentos de intenso crescimento e aprendizagem. Em meus workshops e palestras sobre como lidar com as crises, quando peço para as pessoas relatarem crises pessoais e profissionais pelas quais passaram, em geral contam que esses foram momentos decisivos para o crescimento e desenvolvimento.



 RH - É possível melhorar o ambiente corporativo, quando uma equipe enfrenta um momento de crise?

Gustavo Boog - Sem dúvida, depois de uma crise bem administrada, há melhoras no clima corporativo. Há um sentimento de termos conseguido superar uma dificuldade, que somos vencedores, que saímos fortalecidos, que fatores obsoletos foram removidos. O perigo é exagerar nisso e se achar imbatível, pois a próxima crise virá logo, logo.



 RH - A gerência das crises deve ser conduzida diretamente e apenas pelos gestores?

Gustavo Boog - Em momentos de crise há uma tendência de centralização decisória, mas não é possível generalizar, pois cada crise tem suas características próprias. Em geral, equipes de maior maturidade podem resolver por si próprias suas crises. Quando uma crise é aguda ou persistente, é recomendado que uma parte neutra, por exemplo, um consultor, ajude os envolvidos a encontrarem a melhor solução.



 RH - E quando o líder é aquele que causa a crise, quem deve apagar o fogo?

Gustavo Boog - O ideal é que a pessoa que causou o "estrago" se responsabilize pelas ações de correção. Quando isso não é possível ou adequado, é o líder do líder que deve intervir, pois essa é uma responsabilidade não delegável. Quando as crises saem do âmbito profissional-organizacional e começam a ter dimensões pessoais-emocionais, é indicada a intervenção de uma terceira parte, pois as pessoas envolvidas na crise perderam as condições de administrá-la de forma eficaz. Como as crises nos obrigam a repensar nossos modos de agir, nosso estilo de vida, nossa escala de prioridades e valores, a ajuda externa geralmente se faz necessária.



 RH - Em que momento a área de RH deve ser chamada para gerenciar um conflito?

Gustavo Boog - Em algumas crises o RH pode ser a parte neutra que ajuda a equacionar uma crise. Mas, devemos lembrar que o RH é também parte do sistema organizacional e a condição de neutralidade, muitas vezes, não acontece.



RH - O que é preciso para superar um momento de crise vivido por uma equipe?

Gustavo Boog - As crises nos fazem sentir sobrecarregados e a primeira tendência é nos esforçarmos mais, fazer mais do mesmo, tentamos nadar contra a correnteza. Algumas recomendações ajudam a superar as crises. Podemos citar, por exemplo, entre essas orientações: reconhecer que estamos numa crise e que as soluções usuais não irão levar a nada, e que, portanto, ações novas precisarão ser tomadas; na medida do possível ficar de "cabeça fria", pois a situação exige análise racional e decisões importantes precisam ser ponderadas; sentir a situação, o emocional de cada um dos envolvidos e afetados pela crise pode dar uma dimensão nova e ampliada do que está ocorrendo; ter disposição para agir e não ficar postergando ações, que muitas vezes poderão ser não muito simpáticas; estar aberto à ajuda externa. As crises cobram de nós coragem, pois elas nos convidam a dar um passo no escuro. Com certeza quanto maior a rigidez, maior o apego ao conhecido e maior a dificuldade de sair da crise.



 RH - Existe alguma ação efetiva que sirva de profilaxia para os momentos de crise?

Gustavo Boog - Medidas profiláticas ajudam a evitar que os momentos de crise ocorram. Antes de uma crise em geral há muitos indicadores de que as coisas não vão bem, mas as pessoas têm a tendência de ver isso como algo temporário, que tudo voltará à normalidade. Quanto mais atentos estivermos para os sinais, mais chances teremos de não ter que enfrentar uma crise.



 Serviço:

I ConviRH - Congresso Virtual de Recursos Humano

Mais informações clique aqui: www.convirh.com.br



Patrícia Bispo

Jornalista responsável pelo conteúdo da comunidade virtual RH.com.br.

LIXO ELETRÔNICO...

Governo é o maior produtor de lixo eletrônico
13/05/2011

Enquanto o país ainda não conta com regras específicas para a destinação e reutilização do lixo eletrônico, o Ministério do Meio Ambiente aproveitou a participação no 4º Congresso Internacional de Software Livre e Governo Eletrônico (Consegi) para incitar órgãos da administração pública a se preocuparem com os resíduos eletroeletrônicos.

"A administração pública é a principal consumidora de equipamentos do país, respondendo sozinha por 17% do total. O que nós utilizamos pode e deve retornar à cadeia produtiva", destacou o coordenador da Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) no Ministério do Meio Ambiente, Geraldo de Abreu.

No momento, cinco grupos discutem regras específicas para o descarte de resíduos - eletroeletrônicos, remédios, embalagens, óleos e lubrificantes e lâmpadas. O objetivo é que até o próximo ano seja definido o sistema de logística reversa desses setores.

"Atualmente reciclamos 13% dos resíduos e nossa perspectiva é de que com a logística reversa esse percentual passe, pelo menos, para 30%, o que em si já representaria uma economia de R$ 8 bilhões por ano", completou Abreu.

No debate também foi ressaltada a importância da utilização dos instrumentos voltados à TI Verde nas compras públicas, que já existem em instruções emitidas pela Secretaria de Logística e TI do Ministério do Planejamento.

"Já existem mecanismos, como a ISO 14001, ou os selos WeeRohs e EnergyStar. É importante que isso seja levado em consideração na hora das licitações para que sejam adquiridos equipamentos com menos substâncias tóxicas ou que utilizem menos energia em sua fabricação", destacou o professor Mauro Bernardes, do Centro de Computação Eletrônica da USP.

A adoção da logística reversa e da TI Verde é especialmente importante no Brasil, que foi considerado em estudo das Nações Unidas como o país emergente com maior produção per capita de resíduos eletrônicos - 0,5 kg por pessoa por ano.

Fonte: Convergência Digital

http://www.openinternet.com.br/destaques/307/governo-e-o-maior-produtor-de-lixo-eletronico.html

Nota: http://lixoeletronico.org/system/files/2010_onu_ewaste.pdf

ONU: Brasil tem maior produção per capita de lixo eletrônico e baixa prioridade da indústria e governos



Seguido do México e da China (0.4 kg/cap·ano), o Brasil (0.5  kg/cap.ano) é o maior produtor per capita de resíduos eletrônicos entre os  países emergentes, segundo o mais recente estudo da ONU sobre o tema. O  Brasil também foi cotado como campeão em outro quesito: faltam dados e  estudos sobre a situação da produção, reaproveitamento e reciclagem de  eletrônicos: China, Índia, Argentina, Chile, Colômbia, Marrocos, África  do Sul e até mesmo o México realizam e centralizam mais informações  sobre a gestão de resíduos eletrônicos em seus países que nós, parafraseando um famoso jornalista, isso é vergonhoso! A falta de uma  lei nacional sobre resíduos eletrônicos é vista como um dos principais  obstáculos para uma gestão eficiente do lixo eletrônico no país,  reforçando nossos argumentos do Manifesto do Lixo Eletrônico. Entre outros aspectos analisados, o extenso estudo procurou identificar   os principais problemas e oportunidades na gestão pública e industrial   do lixo eletrônico, como o parque industrial de reciclagem, mercado   informal, investimentos em inovação e transferência de tecnologia.

Nas  conclusões sobre nosso país, o estudo afirma claramente que "... os  resíduos eletrônicos não parecem ser uma prioridade para as associações  federais representativas da indústria eletrônica...". A corresponte  associação brasileira da indústria eletrônica é a ABINEE (Associação Brasileira da Indústria  Eletro-Eletrônica) que ainda não divulgou nenhum comunicado sobre a "bronca" documentada que levou no estudo ONU em seu site. O Brasil é classificado  juntamente com África do Sul, México entre outros no GRUPO C, ou seja,  países com bom potencial para adaptar modelos mais sustentáveis na  pré-fabricação de eletrônicos, alguns processos no final de ciclo de  vida, se forem realizados investimentos em mudanças tecnológicas e  trocas de conhecimentos e inovação, além de integração comercial  regional.

O potencial industrial de reciclagem de eletrônicos em  seus ciclos finais de vida é insuficiente para a demanda própria de  produção desses resíduos em quase todos os países emergentes, segundo o  estudo, somente grandes economias emergentes como Brasil, China, Índia,  México e África do Sul poderiam integrar diversas indústrias, de  recicladoras de metais ferrosos às de plásticos e tóxicos, a nível  regional. Especificamente na América do Sul, o Brasil, seguido do Chile,  são os que apresentam melhores condições de integrar um parque  industrial de reciclagem de eletrônicos. Uma das principais  oportunidades econômicas é a integração da indústria do aço no ciclo da  reciclagem de eletrônicos, tendo o Brasil um potencial destacado nesse  cenário, uma vez que é o maior produtor de aço do mundo, e um dos  maiores de resíduos eletrônicos em números absolutos, além da  possibilidade da comercionalização regional com países vizinhos. Segundo  pesquisas anteriores citadas no estudo, 36% do aço produzido no mundo é feito a  partir de resíduos do "ferro-velho".


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fraudes - INSS



Medidas simples de segurança podem ajudar no combate aos golpes






Apesar das medidas de segurança adotadas
frequentemente pelo Ministério da Previdência Social para evitar fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), muitos beneficiários ainda acabam sendo lesados.
Somente em 2010, o INSS registrou 20.412 denúncias de golpes previdenciários. Para evitar problemas, os segurados devem ficar atentos e não fornecer nenhum tipo de documento a supostos despachantes ou intermediários.
Além disso, não faz parte dos procedimentos do INSS a solicitação de dados via e-mail ou telefone. Recomenda-se ainda que os beneficiário também não revele seu número de CPF ou senha de banco para terceiros, mantendo as informações confidenciais.

Segurança

Para reforçar as medidas de segurança já existentes, o segurado também deverá, a partir desse ano, realizar prova de vida e alteração de senha, procedimento que substitui o censo, realizado até então a cada cinco anos.

A identificação deverá ser feita através da identificação pelo funcionário do banco ou, então, por sistema biométrico. O beneficiário deverá atualizar o endereço no próprio INSS ou no banco pelo qual recebe seu benefício.

Segundo Mauro Luciano Hauschild, presidente do INSS, o novo procedimento é indispensável para a garantia da segurança.

“É importante que o INSS tenha uma base de dados atualizada para garantir que as pessoas para as quais a Previdência Social está pagando os benefícios estejam vivas”, explica.

Denúncia

Caso um segurado ache que foi vítima de golpe ou fraude, ele pode recorrer ao Disque Denúncia no telefone 0800 7070 477, que funciona de segunda a sábado, das 7h às 19h.

Dependendo da gravidade do problema, a denúncia pode ser encaminhada imediatamente para as Forças-Tarefas, que já atuam na investigação de fraudes contra a Previdência Social.

Espera-se, entretanto, que o número de denúncias caia a partir de 2011 com o novo procedimento anual de prova de vida entre os beneficiários.

“Existem situações em que, se não fizermos essa atualização periódica, é possível que estejamos pagando benefícios a pessoas que não estejam mais vivas e alguém esteja recebendo indevidamente esse benefício”, garantiu Hauschild.

domingo, 1 de maio de 2011

MÚSICA: HOMENAGEM AO DIA DO TRABALHO


Debulhar o trigo
Recolher cada bago do trigo
Forjar no trigo o milagre do pão
E se fartar de pão

Decepar a cana
Recolher a garapa da cana
Roubar da cana a doçura do mel
Se lambuzar de mel

Afagar a terra
Conhecer os desejos da terra
Cio da terra, a propícia estação
E fecundar o chão

TÁ CANSADA, SENTA.



: Lenine/Ivan Santos
Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, agüenta
Se pediu, agüenta...
Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora
Não tá bom, melhora...
Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance
Use sua chance...
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô!, Hum!...
Se tá puto, quebre
Ta feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre
Corra atrás da lebre...
Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure
Quer saber, apure...
Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta
Não se submeta...
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô, Hum! Nanananã!
Hê Hô! Hum!...(2x)


Parabéns, hoje é nosso dia!

1º de Maio dia do Trabalho

A data internacional surgiu após protestos e mortes de operários
O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
O salário mínimo foi criado para atender às necessidades básicas do trabalhador 
O presidente Getúlio Vargas anunciou o Decreto-Lei que instituiu o salário mínimo no País, com o valor de 240 mil réis, no dia 1º de maio de 1940. Segundo o documento, o salário mínimo deveria ser capaz de satisfazer às necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte do trabalhador.

A notícia foi recebida com euforia e, de imediato, mais de um milhão de trabalhadores foram beneficiados com a nova medida, já que na época ganhavam abaixo desse valor. O salário mínimo era uma antiga reivindicação desde a greve geral de 1917.
Em 1º de maio de 1941, mais uma conquista para o trabalhador. Foi criada a Justiça do Trabalho. Por ser o direito do trabalho tão específico, ele foi separado das demais categorias.
Atualmente, a Justiça do Trabalho é composta pelo Tribunal Superior do Trabalho, com sede em Brasília, por tribunais regionais e por juntas de conciliação e julgamento. Suas principais atribuições são conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos e as demais controvérsias oriundas de relações de trabalho e regidas pelas normas de direito trabalhista.