domingo, 22 de janeiro de 2012

Crescem acidentes de trabalho com retomada das obras



A retomada das obras de infraestrutura e construção imobiliária elevou o número de acidentes de trabalho que resultam em mutilações ou mortes no Brasil. Entre janeiro e outubro de 2011, pelo menos 40.779 trabalhadores foram vítimas de acidentes graves de trabalho, dos quais 1.143 morreram, segundo o Ministério da Saúde. O número é 10% maior que em igual período do ano passado (37.035).
Os dados do ministério englobam trabalhadores de diversos setores de atividade, mas se referem apenas aos atendimentos na rede de serviços de saúde credenciada do Sistema de Agravos de Notificação (Sinan). Desde 2004, uma determinação do ministério obriga os médicos a notificarem os casos graves de acidentes de trabalho.
Boa parte do aumento de casos fatais resultou de acidentes na construção civil. Por exemplo, até meados de dezembro, 14 trabalhadores do setor morreram na cidade de São Paulo, mais que o dobro do número de todo o ano anterior (6). Entre eles, o operário Alex Sandro dos Santos, de 30 anos, que trabalhava na obra de expansão do Hospital Oswaldo Cruz, na Bela Vista, centro da cidade.
No dia 30 de novembro, Santos caiu de um andaime da altura de oito andares. O cinto de segurança que ele usava não estava fixado ao prédio. Outros dois operários ficaram pendurados, mas não tiveram ferimentos.
"Casos tristes como esse a gente vê diariamente na construção civil", diz Antônio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo. "Na maioria dos casos, é gente que vem de outras partes do País tentar melhorar a vida na cidade grande e se aventura em trabalhos perigosos sem treinamento ou qualquer experiência profissional."
Os números oficiais de acidentes de trabalho no País são bem maiores que os do Ministério da Saúde, porém, são divulgados com atraso de quase um ano pelo Ministério da Previdência Social. Em 2010, foram 701.496 acidentes, 31,8 mil a menos do que em 2009. O número de mortes, no entanto, aumentou de 2.650 para 2.712. Mas ele é ainda maior.
As estatísticas da Previdência Social só consideram os trabalhadores formais, que têm carteira de trabalho e pagam o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ficam de fora cerca de 20 milhões de brasileiros que não contribuem para a Previdência, os chamados trabalhadores da economia informal.
"Os próprios sindicatos patronais reconhecem que a informalidade é muito grande na construção civil", diz Luiz Carlos José de Queiroz, vice-presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores da Construção e da Madeira, filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
As grandes construtoras não costumam trabalhar com informais, mas elas repassam os trabalhos para empresas menores que, por sua vez, subcontratam outras empresas para tocar partes das obras. "Na construção, 95% da mão de obra é terceirizada, quarterizada ou quinterizada", afirma Ramalho. "A maioria é informal."
O problema é que vários estudos apontam que os acidentes de trabalho são mais comuns entre funcionários de empresas terceirizadas. Uma pesquisa divulgada recentemente pela CUT mostra que quatro em cada cinco acidentes de trabalho, inclusive os que resultam em mortes, envolvem trabalhadores terceirizados.
Para Antonio de Souza Ramalho, o número de acidentes de trabalho não para de aumentar no setor porque os operários passaram a trabalhar em regime de empreitada, com excesso de carga horária por causa da falta de mão de obra especializada. "Pela lei, a jornada é de 44 horas semanais, mas sabemos que o pessoal quase dobra isso", argumenta o sindicalista. "É uma forma de o camarada conseguir mais que o triplo do dinheiro que ele deveria levar para casa, mas correndo o risco de ficar mutilado e até perder a vida, o que não vale a pena."
O governo acaba de criar a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, fruto de amplo debate e organização da comissão tripartite formada pelas centrais sindicais, representantes do governo (Ministérios da Saúde, Trabalho e Previdência Social) e entidades patronais. "Um dos principais indicadores que ela traz é a necessidade de que as ações governamentais nesse campo passem a se articular para serem mais eficientes e atingir o maior número de trabalhadores", destaca Carlos Augusto Vaz de Souza, coordenador-geral de saúde do trabalhador do Ministério da Saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Artigo sobre o BBB* – Luís Fernando Veríssimo


Publicado a 24 Janeiro 2011 por Vitalves, quase um ano atrás 


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. [...] Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
[...] Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores). Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Obs.: BBB* - Big Brother Brasil

( Luís Fernando Veríssimo )

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Eleições Coren – RJ - Exerça o seu direito!


A Comissão Eleitoral, com o propósito de esclarecer os profissionais de enfermagem sobre o Processo Eleitoral e a Eleição do COREN/RJ (Triênio 2012-2014), elaborou orientações ao eleitor.
                                                                                 
Este documento foi baseado na Resolução COFEN nº 355/2009 que aprovou o Código Eleitoral dos Conselhos de Enfermagem e estabeleceu as normas gerais para as eleições destinadas à composição dos plenários dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem.

Data das Eleições
As eleições do Coren-RJ serão realizadas no dia 18 de janeiro de 2012, quarta-feira, de 8h as 18 horas, ocorrendo simultaneamente em todo o Estado do Rio de Janeiro.

http://eleicoescorenrj.com.br/

sábado, 14 de janeiro de 2012

Encontro de TST
















André , Débora, Vitória, Fernando , Daniele e irmão da Débora adorei estar com vocês nessa sexta feira 13 de janeiro de 2011...rsrs 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Como escolher produtos mais sustentáveis?


O consumidor ainda encontra dificuldades na identificação de produtos sustentáveis, mesmo já tendo demonstrado disposição de pagar até mais por tais produtos. Conheça algumas dicas sobre como o consumidor pode analisar a sustentabilidade na hora de decisão de compra.


1. Prefira produtos produzidos em sua região: de forma prática, primeiramente, o consumidor deve-se colocar na posição de São Tomé: ver para crer. Comece pela etiqueta que informa a origem do produto e verifique sua procedência. Prefira os produzidos em sua região. Evite comprar similares fabricados em outros países. Ao comprar produtos de outros países, reduz-se o recolhimento de impostos municipais e estimula-se o desemprego e a falta de serviços e infraestrutura pública.

2. Confira a composição do produto: verifique se o que está sendo dito na frente do produto realmente consta em sua composição e você poderá ter interessantes surpresas. Se, por exemplo, estiver comprando um pão-de-queijo, confira na sua composição se ele realmente tem queijo.

3. O que importa é o conteúdo, não a embalagem: não se deixe levar pela embalagem, se é reciclada ou não. Isso, neste momento de análise, não é importante. O que é importante é saber se o produto é agressivo à sua saúde e à de sua família. Uma prática que está se tornando comum é reduzir embalagens e aumentar o porcentual reciclado para estimular a venda desses produtos como “mais sustentáveis”. Cuidado! Nessa lista existem produtos nada ecologicamente amigáveis e outros agressivos à saúde humana.

4. Selos Verdes são uma boa indicação: uma maneira de ajudar a identificação de produtos sustentáveis é por meio dos chamados Selos Verdes, como o selo Procel para eletrodomésticos e eletrônicos, o FSC e CERFLOR para madeiras e papéis e o SustentaX para produtos e serviços sustentáveis. Na área de orgânicos existem o IBD e EcoCert, dentre outros. Os selos são uma forma de mostrar ao mercado que passaram por análises rigorosas para a sua obtenção.

5. Fique atento à “picaretagem verde”: identifique as estratégias usadas para passar por sustentáveis, produtos que não são:

a) Selos emitidos pelos próprios fabricantes;

b) Termos genéricos também são muito usados como 100% natural, 100% ecológico, eco, amigo da natureza (eco-friendly) e variações do tipo;

c) Informações sem comprovação imediata ou termos científicos. Como, por exemplo, informar que um produto, como sabão em pó, pode reduzir o consumo de água; ou então um amaciante economizar energia;

d) Informações redundantes, como testes e dados obrigatórios, como detergentes que colocam “testados dermatológicamente” ou azeites com zero de colesterol;
e) Excesso de imagens da natureza: reparem se há muito verde ou imagens de animais;

f) Falar que o produto é “neutralizado” em carbono. Desconfie da simples neutralização que não torna o produto sustentável. A neutralização é válida após a revisão e efetiva redução dos impactos ambientais da cadeia produtiva. É o final e não o começo;

g) Produtos concentrados. Só porque foi retirada a água do produto não o torna “verde”. É importante que ele não faça mal à saúde;

h) “Sem cheiro”. O importante é o fabricante demonstrar que o produto apresenta baixa toxidade, por critério reconhecido.

Quando produtos não apresentam selos de sustentabilidade, o consumidor pode procurar pelos cinco atributos essenciais de sustentabilidade:

1. Salubridade: evite produtos com odores (normalmente esses odores decorrem de componentes orgânicos voláteis que podem fazer mal à saúde).

2. Qualidade: procure por produtos com qualidade comprovada. Nem todas as tintas são iguais, por exemplo. Várias não têm teste de aderência e, a primeira vez que você for fazer uma limpeza, pode sair na esponja.

3. Responsabilidade social: questione a procedência. Por exemplo, se for comprar uma areia em uma loja de construção pergunte se vem de uma empresa confiável, sem trabalho infantil, escravo…

4. Responsabilidade ambiental: questione a procedência. Por exemplo, ao comprar objetos de madeira pergunte sobre a legalidade.

5. Comunicação responsável: Procure por marcas nas quais você identifique ética e genuinidade na comunicação.

 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Papel do Conselho de Saúde


O controle social é um dos fundamentos do SUS, estabelecido na Constituição de 1988.
O conselho de saúde desempenha um papel importantíssimo no controle social na área da saúde:
· Fiscaliza a aplicação do dinheiro público na saúde;
· Verifica se a assistência à saúde prestada no estado ou no município está atendendo às necessidades da população;
· Verifica se as políticas de saúde orientam o governo a agir de acordo com o que a população precisa.

Através dos conselhos de saúde, os cidadãos podem influenciar as decisões do governo relacionadas à saúde e, também, o planejamento e a execução de políticas de saúde.

Sintetel exige o cumprimento da Convenção Coletiva nas prestadoras


No final do ano passado, o presidente do Sintetel, Almir Munhoz, e diversos membros da diretoria se reuniram com o sindicato patronal e as empresas prestadoras com data-base em 1º de abril para exigir o cumprimento da Convenção Coletiva e corrigir desmandos praticados pelas empresas.


A relação de reclamações dos trabalhadores foi repassada à presidente do sindicato patronal, Vivian Mello Suruagy, e a todas as empresas presentes. O Sintetel cobrou a resolução imediata dos problemas.


Até o presente momento as empresas não se manifestaram, o que demonstra total desrespeito com o trabalhador. Algumas empresas tiveram a cara-de-pau de alegar não saber o que fazer para solucionar os problemas.


Sintetel pretende acionar o Ministério Público


As empresas se fingem de mortas e se recusam a dar uma resposta. Mediante a isso, o Sindicato fará o seguinte:


• Convocar as Operadoras que terceirizam os serviços, as empresas prestadoras, o Sindicato e o Ministério Público do Trabalho para, quem sabe, assinar um TAC - Termo de Ajuste de Conduta para acabar com a exploração da mão-de-obra dos trabalhadores em telecom.


Campanha Salarial 2012


Em breve, o Sintetel realizará assembleias nos locais de trabalho para a Composição da Pauta de Reivindicações (pré-pauta). Aguarde!


Já estamos trabalhando para elaborar a nova Convenção sem a solução das pendências da Convenção vigente. Isso tem que acabar!


Não queremos falação, queremos solução!

Trabalhador tem que arcar com multas do rodízio; Chega de “gatas” (subcontratações); Empresas não concedem folgas; Falta EPIs; Assédio moral; Problemas no pagamento do PPR; Convênio Médico – tem empresas que cobram acima do valor máximo permitido de R$ 25,97. Além disso, pela Organização Mundial da Saúde, o trabalhador tem direito a seis consultas por ano e tem empresas que permitem apenas três consultas. Em algumas delas, o convênio médico é um caso de polícia. Cobrança de até R$ 200 por exames; Atendentes fazem jornada de 8h mudando a nomenclatura. Pelo Anexo II da NR-17, isto é crime! Falta ponto eletrônico; Empresas não fornecem comprovante de pagamento; FGTS – empresas não depositam regularmente; Atraso no pagamento dos demitidos.





Fonte: Marco Tirelli - Sintetel


domingo, 8 de janeiro de 2012

Trabalhador prende perna em prensa de caminhão de lixo



Um homem que trabalhava na coleta de lixo em Pontal do Paraná (Litoral) ficou gravemente ferido neste domingo (8) à tarde quando prendeu a perna na prensa do caminhão coletor de resíduos.

Adriano de Brito, de 44 anos, foi atendido pelos socorristas do Corpo de Bombeiros/Siate, que tiveram bastante trabalho para retirá-lo do veículo. A vítima foi encaminhada ao Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, pelo helicóptero do Grupamento Aéreo da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

O hospital não forneceu mais informações sobre o estado de saúde do trabalhador. (com informações da sucursal de Curitiba da Folha de Londrina)