Doe sangue!
View more presentations from Heloísa Ximenes.
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
LANÇADA POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
Ministro Carlos Lupi apresenta plano durante solenidade em memória às vítimas de acidentes de trabalho
Brasília, 28/04/2011 – O Dia Mundial em memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, 28 de abril, foi lembrado em solenidade no Ministério do Trabalho e Emprego, na manhã desta quinta-feira (28). Participaram da homenagem representantes do Ministério da Previdência Social, da Saúde, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), além autoridades e servidores dos órgãos.
Em seu discurso, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, disse que o Ministério do Trabalho e Emprego busca coibir, através de seus auditores fiscais, as práticas que podem vitimar trabalhadores, mas que empresários também precisam fazer sua parte.
“Os fiscais fazem a sua parte, mas falta a participação de muitos empresários, que não fornecem equipamentos de proteção e condições adequadas aos seus trabalhadores, para que os acidentes de trabalho sejam evitados. Estamos em busca de conscientizar empresários e trabalhadores sobre os acidentes”, ressaltou o ministro.
Lupi também apresentou o Decreto que a presidente Dilma Rousseff irá assinar sobre a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST).
“É uma política pública tripartite desenvolvida entre governo, representando pelos ministérios do Trabalho, Saúde e Previdência, e trabalhadores e empregadores voltada para a prevenção de acidentes. Queremos chamar a atenção do Brasil para o problema porque normalmente as pessoas só se preocupam quanto tem algum familiar envolvido. Não se pode economizar esforços naquilo que significa vida e saúde do cidadão brasileiro”.
Já o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro João Orestes Dalazen, mencionou em sua participação que o TST tem se preocupado com a questão e vai lançar campanha para ajudar na prevenção de futuros acidentes. “Necessitamos urgentemente de políticas voltadas para enfrentarmos esse problema. Não podemos medir esforços entre os poderes. A melhor forma de homenagear as vítimas é agindo. Vamos lançar uma campanha na próxima semana para alertar trabalhadores e empresários sobre a real necessidade em evitar acidentes de trabalho. Temos que zelar pela vida e dignidade das pessoas”, afirmou o presidente do Tribunal.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), por meio de sua diretora, Laís Abramo, apresentou material impresso, em forma de cartazes e apostilas que a organização está lançamento mundialmente em três idiomas (português, inglês e espanhol) para prevenir os acidentes de trabalho. “É nossa contribuição para alertar sobre a saúde e segurança do trabalhador e pode ser aplicado em todos os setores da economia”.
Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) - A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho tem por objetivos a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde advindos, relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho.
São responsáveis diretos pela implementação e execução da PNSST os Ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde e da Previdência Social. Os princípios que norteiam a política são a precedência das ações de promoção, proteção e prevenção sobre as de assistência, reabilitação e reparação; universalidade; integralidade; e diálogo social.
Entre as diretrizes do novo plano estão a inclusão dos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde; a estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador; e a adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco.
A Data - Denominado Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o dia 28 de abril é celebrado mundialmente. No Brasil, denominada pela Lei 11.121/2005 como Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, a data é lembrada desde 2005.
Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6537 - acs@mte.gov.br
http://portal.mte.gov.br/imprensa/lancada-politica-nacional-de-segu...
segunda-feira, 25 de abril de 2011
ASSÉDIO OU VIOLÊNCIA MORAL NO TRABALHO
O assédio moral é um tipo de violência que expõe as pessoas a situações ofensivas e humilhantes.
- A maior dificuldade em relação ao tratamento do assédio moral é justamente sua “invisibilidade” e o alto grau de subjetividade envolvido na questão.
O assédio ou violência moral no trabalho costuma gerar patologias em suas vítimas, na medida em que faz com que elas acreditem ser exatamente o que seus agressores pensam que sejam.
– É a deliberada degradação das condições de trabalho através do estabelecimento de comunicações não éticos que um superior ou colega(s) desenvolve(m) contra um indivíduo que apresenta como reação, um quadro de miséria física, psicológica e social duradoura.
– Assédio moral no trabalho é toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho.
Assédio moral ou violência moral no trabalho, é a repetitiva exposição de trabalhadores a situações vexatórias, por parte de um ou mais superiores.
Assédio moral ou violência moral no trabalho, é a repetitiva exposição de trabalhadores a situações vexatórias, por parte de um ou mais superiores.
O assédio moral está ligado ao esforço repetitivo de desqualificação de uma pessoa e pode dependendo das circunstâncias, levar ao assédio sexual.
Condutas mais comuns que caracterizam o assédio moral:
Condutas mais comuns que caracterizam o assédio moral:
1- Dar instruções confusas e imprecisas,
2- Bloquear o andamento do trabalho alheio,
3- Atribuir erros imaginários,
4- Ignorar a presença de funcionário na frente de outros,
5- Pedir trabalhos urgentes sem necessidade,
6- Pedir a execução de tarefas sem interesse,
7- Fazer críticas em público,
8- Sobrecarregar o funcionário de trabalho,
9- Não o cumprimentar e não lhe dirigir a palavra,
10- Impor horários injustificados,
11- Fazer circular boatos maldosos e calúnias sobre a pessoa,
2- Bloquear o andamento do trabalho alheio,
3- Atribuir erros imaginários,
4- Ignorar a presença de funcionário na frente de outros,
5- Pedir trabalhos urgentes sem necessidade,
6- Pedir a execução de tarefas sem interesse,
7- Fazer críticas em público,
8- Sobrecarregar o funcionário de trabalho,
9- Não o cumprimentar e não lhe dirigir a palavra,
10- Impor horários injustificados,
11- Fazer circular boatos maldosos e calúnias sobre a pessoa,
12-Brincadeira de mau-gosto quando o empregado falta ao serviço por motivo de saúde, ou para acompanhar um familiar ao médico,
13-Exigência de desempenho de funções acima do conhecimento do empregado ou abaixo de sua capacidade ou degradantes, 14-Indução do trabalhador ao erro, não só para criticá-lo ou rebaixá-lo, mas também para que tenha uma má imagem de si mesmo;
15-Vigilância constante sobre o trabalho que está sendo feito;16-Indução da vítima ao descrédito de sua própria capacidade laborativa;
17-Recusa à comunicação direta com a vítima, dando-lhe ordens através de um colega;
18-Marcação sobre o número de vezes e tempo que vai ou fica no banheiro;
19-Desvalorização da atividade profissional do trabalhador;
20-Censura ao trabalhador de forma vaga e imprecisa, dando ensejo a interpretações dúbias e a mal-entendidos;
21-Exigência de tarefas impossíveis de serem executadas;
22-Exigir realização de atividades complexas em tempo demasiado curto;
23- Supressão de documentos ou informações importantes para a realização do trabalho.
24- Não permissão ao trabalhador para que se submeta a treinamentos;
25-Marcação de reuniões sem avisar o empregado e posterior cobrança de sua ausência na frente dos colegas;
26-Ridicularizações das convicções religiosas ou políticas, dos gostos do trabalhador.
TENTATIVAS DE COIBIR O ASSÉDIO MORAL
Realização de eventos (seminários, palestras)
Política de recursos humanos, com ênfase para a informação e a formação de chefes.
A aplicação de código de ética, que vise ao combate de todas as formas de descriminação e de assédio moral e sexual
Política de recursos humanos, com ênfase para a informação e a formação de chefes.
A aplicação de código de ética, que vise ao combate de todas as formas de descriminação e de assédio moral e sexual
Estabelecimento de regras éticas;
Criação de espaços de confiança para que as vítimas dêem vazão às suas queixas;
Organização do coletivo visando transformar súditos em cidadãos.
Organização do coletivo visando transformar súditos em cidadãos.
PERFIL DA VÍTIMA DE ASSÉDIO MORAL
Segundo Marie-France Hirigoyen os que agridem, os responsáveis enfim pelo assédio moral no trabalho, tentam passar uma imagem da vítima, que não é real. Ela (a vítima) seja homem ou mulher, não é frágil, não é neurótica, não tem mau caráter, não é de difícil convivência, não é profissionalmente incompetente.
Definir o perfil da vítima é uma tarefa complexa, porquanto está intimamente ligado ao ambiente de trabalho, à personalidade do agressor e à capacidade de resistência do próprio assediado. Pode-se afirmar, então, que o perfil da vítima é multifacetado.
Características do perfil da vítima segundo Marie-France Hirigoyen e pela médica do trabalho Margarida Barreto e por Mauro Azevedo.
1-Trabalhadores com mais de 35 anos,
2- Os que atingem salários muito altos,
3- Saudáveis, escrupulosos, honestos,
4- As pessoas que têm senso de culpa muito desenvolvido, dedicados, excessivamente até, ao trabalho, perfeccionistas, impecáveis, não
hesitam em trabalhar nos fins de semana, ficam até mais tarde e não faltam ao trabalho mesmo quando doentes,
1-Trabalhadores com mais de 35 anos,
2- Os que atingem salários muito altos,
3- Saudáveis, escrupulosos, honestos,
4- As pessoas que têm senso de culpa muito desenvolvido, dedicados, excessivamente até, ao trabalho, perfeccionistas, impecáveis, não
hesitam em trabalhar nos fins de semana, ficam até mais tarde e não faltam ao trabalho mesmo quando doentes,
Com relação às mulheres, acrescentam-se ainda:
Casadas,
Grávidas,
Aquelas que têm filhos pequenos.
Além dos acima citados, podemos ainda destacar o “assédio moral” vivenciado pelos egressos do sistema prisional ou por problemas de saúde.
PERFIL DO ASSEDIADOR
Quem agride?
Quem agride?
Superior (chefe) agride um subordinado (é a situação mais freqüente),
Um colega agride outro colega;
Um superior é agredido por subordinados. É um caso mais difícil de acontecer.
A pessoa vem de fora, tem uma maneira de exercer a chefia que o grupo não aceita.
Pode ser também um antigo colega que é promovido a chefe sem que o grupo tenha sido consultado.
O QUE FAZER?
Anote todas as humilhações sofridas: data, hora, local, nome do agressor, testemunhas e conteúdo da conversa;
Dê visibilidade ao caso procurando a ajuda dos colegas que testemunharam o fato ou sofreram humilhações do agressor;
Evite conversar com o agressor sem testemunhas;
Procure seu sindicato e relate o acontecido.
Procure também,diretores e outras instâncias, como
Médicos ou advogados do Ministério Público,
Justiça do Trabalho,
Comissão de Direitos Humanos
Conselho Regional de Medicina;
Centro de Referência em Saúde dos Trabalhadores
Profissional especializado em saúde mental e trabalho,
Busque o apoio de familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais na recuperação da auto estima, dignidade, identidade e cidadania.
DEFENDA-SE E PROTEJA-SE
Exigir por escrito explicações do ato agressivo e permanecer com cópia da carta enviada ao departamento pessoal ou recursos humanos e da eventual resposta do agressor.
Se possível mandar carta registrada por correio aguardando recibo.
PROPOSTAS LEGISLATIVAS
Os direitos do cidadão já fazem parte do acervo jurídico nacional, tal como o artigo 5º da Constituição Federal, parágrafo II e III, que abrangem o assédio sexual e o moral.
O artigo 483 da CLT e os artigos 138, 139 e 140 do Código Penal, relativos a crimes contra a honra, calúnia, deformação e injúria.
O artigo 146 – constrangimento ilegal – do referido código, também pode ser aplicado ao assédio sexual.
Projetos de Lei de Deputada Rita Camata
Projeto de Reforma do Código Penal do Dep. Inácio Arruda e do Dep. Marcos de Jesus.
Lei Municipal 3921/2002 do Rio de Janeiro
domingo, 24 de abril de 2011
A FUNÇÃO DE UM VELÓRIO
O próprio nome já diz: Velar!!
Mas este texto não só serve para quem vai velar, mas também, por que todos, um dia vão estar nesta mesma situação.
O velar deveria ter um sentido de orar, despedir-se, dar tranquilidade a quem partiu em relação a quem ficou, deixá-lo tranquilo, emitindo-lhe pensamentos bons, reconforto e entendimento.
Lembrar-se apenas das coisas boas que ele representou, enquanto esteve junto aos seus.
Viver a naturalidade deste momento sem lamentações, deixando transparecer reconhecimento,saudades, mas que haverá o dia, em que todos estarão juntos novamente.
Deixando-o entender, que Deus está no controle e que não há nada em que se preocupar, se não, com a sua nova vida.
Que ele sinta a tranquilidade de partir e que visitar quem ficou é possível e sempre que for necessário, Deus não separa quem se ama.
Mas... Infelizmente... Não é isto que acontece!!
Pior ainda, na quase sua totalidade...
Os velórios só servem para piorar o estado do Espírito de quem acabou de desencarnar.
Os que lá comparecem e sejam eles quem for, parentes ou não, quase todos, por ignorância (Falta de conhecimento), nada fazem para colaborarem com o irmão que partiu.
O fato é que, muitas vezes, o Espírito que partiu do mundo físico, pode estar numa, ou em várias situações tais como:
Consciente, ou Inconsciente.
Lúcido, ou Confuso.
Desesperado, ou calmo.
Ignorante, ou ciente.
Apegado, ou desapegado.
Obsediado, ou obsediando.
Revoltado, ou compreensivo.
Doente, ou saudável...
Para saber comportar-se em um velório, seria bom que se tivesse um pouco de entendimento da mecãnica dos dois lados da vida.
Conhecer um pouco das leis de regem o entrelaçamento antes da vida física e depois dela dentro do amor, misericórdia e justiça Divina
A morte nada mais é do que:
Uma continuação da vida, na outra vida!!
Portanto, a morte não existe, se não e tão somente, como perda do corpo físico, que ao pó retornará, depois de ter cumprido com seus objetivos pelos quais foram estabelecidos antes de se nascer.
Cada um tem seu veículo próprio e adequado ao seu condutor.
Cada um tem o seu destino semi-traçado e seu livre arbítrio poderá te levar a um bom termo, ou não, embora, o leme esta sempre nas mãos de Deus, que poderá "abandoná-lo" (Provas), mas nunca o deixará sem os devidos amparos nas dores e nos sofrimentos.
O que ocorre no pós morte do veículo físico, com o Espírito portador daquele corpo que se foi!!??
Varia conforme:
O grau de entendimento intelectual.
O grau de entendimento moral.
Apegos as coisas da vida física.
Desapegos das coisas mundanas.
Dos vícios de todas as naturezas.
Das crenças, fé, religião e crendices.
Do nível de evolução em que o Espírito se encontra.
Vamos falar de uma orma simplíssima e superficial, o suficiente, para se entender este momento... Tão importante na vida de todos, donde ninguém, dele escapa.
Ninguém vira santo e nem trevoso, só porque desencarnou.
Todos continuam sendo o que foram quando aqui na vida física viveu, ou seja, com todos os seus defeitos e qualidades.
Assim passam para o outro lado da vida, exatamente igual, só que com uma diferença...
Lá o véu cai, as cortinas se abrem, os esconderijos desaparecem e seus valores intelectuais e morais ficam desnudos...
Seus atos, gestos, atitudes, pensamentos, sentimentos, palavras e ações, que lhe fizeram ser, o que foi na carne, lhe será de juiz...
Sofrerás, ou felicitarás o resultado das provas da escola da vida.
COLHERÁ AQUILO QUE PLANTOU em detrimento de você mesma, ou do próximo.
Isto é que é importante na vida física, para colher na vida espiritual.
Suponhamos que se plantou flores e se assim o fez, não há o que temer no momento do desencarne.
Demais quesitos, são de menos importância e só atrapalham o Espírito no momento da passagem, deixando-o confuso e perdido, quando ele é ligado a alguma Instituição religiosa, ou tem seus achismos e crendices e aprende sobre a vida após a morte do corpo físico, coisas que não são verdades.
Por isto que o VELÓRIO tem que...
Ser feito de forma a ajudar o Espírito neste momento tão difícil, levando a ele, estes confortos de conhecimentos, que não o tornem mais confuso, do que já está, conforme explicado acima.
E guando o Espírito tem um grau de evolução bom!!??
Ai tudo muda da água para o vinho!!
Com absoluta certeza é ele quem passa mentalmente a todos que alí estão, conforto e compreensão com os pensamentos de cada um, sendo bom ou mal, se despede, abraça a todos e segue seu caminho de luz em boas companhia, deixando seu corpo ali, para ser dado o destino final, pois mais nada o prende a este mundo se não as saudades que ficarão, mas que ele sabe, poderá voltar quando quiser para visitar os seus e até mesmo ajudá-los.
Ao contrário que, o outro, (O Espírito desencarnado Ignorante) acompanha todos os momentos e até o enterro dos despojos e costuma voltar para a casa de seus familiares, onde muitas vezes, fica ali perturbando e até mesmo,levando doenças, obsessões, vinganças, etc...
Paulo Afonso - Fique com Deus!
Hoje a Dengue fez mais uma vítima, desta vez um amigo meu... Amanhã pode ser eu ou você... Quantas pessoas ainda vão precisar morrer, para que todos entendam, que combater a DENGUE é função de todos nós!
Heloísa Ximenes
Hoje a Dengue fez mais uma vítima, desta vez um amigo meu... Amanhã pode ser eu ou você... Quantas pessoas ainda vão precisar morrer, para que todos entendam, que combater a DENGUE é função de todos nós!
Heloísa Ximenes
sábado, 23 de abril de 2011
O ergonomista Ricardo Serrano, da Fundacentro, elencou dez atitudes que darão conforto visual aos trabalhadores que passam muito tempo em frente a um computador. Veja as dicas:
1- Verifique se seu computador está recebendo iluminação adequada, sem reflexos ou luzes frontais.
2- Posicione o monitor para baixo do nível de seu olhar, com a tela perpendicular aos seus olhos.
3- Regule para o máximo de contraste, não de intensidade.
4- Em processadores de textos, utilize fundo escuro, com letras claras e grandes.
5- Se necessitar de correção óptica, use óculos deixe as lentes de contato para as outras atividades.
6- Pisque voluntariamente, com freqüência.
7- Em sala com ar condicionado, use colírio de lágrima artificial.
8- Em intervalos regulares, feche os olhos por alguns instantes, relaxe, levante da cadeira e olhe para longe.
9- Mantenha sua correção óptica sempre atualizada.
10- Não despreze qualquer sintoma ocular, faça exame oftalmológico completo regularmente.
Leia Mais: http://www.prevencaonline.net/2011/04/ergonomista-da-fundacentro-da-dicas-de.html#ixzz1KNJzCKfQ
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Feriado - Veja dicas de segurança para antes e durante a viagem
O feriado prolongado vai começar sob a sombra dos números registrados nas estradas federais no último carnaval, quando 213 pessoas morreram, um aumento de 47,9% em relação ao mesmo feriado de 2010, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Na época, a coordenação da PRF atribuiu o alto número à falta de educação dos motoristas.
Para especialistas, além da condução responsável, outros dois elementos podem evitar acidentes: “A manutenção do carro, a pessoa que vai conduzir o veículo e a direção preventiva são os três fatores essenciais para uma viagem segura”, afirma César Urnhani, que dá aulas de pilotagem pela BMW. Cinco especialistas reúnem abaixo dicas para antes e durante o percurso.
ANTES DE PEGAR A ESTRADA
Situação do local de destino
Urnhani ressalta a importância de verificar a previsão do tempo no local de destino e as condições da estrada. “Isso já faz o motorista se lembrar da manutenção do carro. Se ele for enfrentar chuva ou neblina, ele sabe que vai ter que checar o limpador de pára-brisa, as lâmpadas e os pneus”, afirma.
- O que checar no veículo
Marcelo Alves, professor de engenharia mecânica da Poli, aponta a calibragem dos pneus, o nível de óleo do motor e do fluído de freios, a água do radiador, o funcionamento das lâmpadas e o estado e calibragem dos pneus como os principais itens que o motorista deve checar, ainda que o faça no posto de gasolina pouco antes de pegar a estrada.
Edson Esteves, professor do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da Fundação Educacional Inaciana (FEI), lembra que carros com direção hidráulica têm óleo de direção e os automóveis automáticos precisam de óleo de transmissão, que também devem ser verificados antes das viagens.
- Calibragem
Levar o manual do veículo é tão importante quanto a bagagem, dizem os especialistas: ele informa, por exemplo, a calibragem correta dos pneus, de acordo com o peso do carro e a quantidade de passageiros. O engenheiro Nilton Monteiro, diretor-executivo da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), diz que, se o proprietário não tiver o manual, “a recomendação genérica é de 30 libras em cada um dos pneus”. Ainda em caso de ausência das orientações oficiais, ele recomenda acrescentar mais duas libras nos pneus traseiros, se o carro estiver muito cheio.
- O carro também ‘fala’
Segundo Esteves, da FEI, o veículo se ‘comunica’ com o motorista: “Se a pessoa está acostumada com o veículo e ele começar a fazer barulhos estranhos cuja origem ela não consegue identificar, o mecânico é a única solução”. Monteiro, da AEA, dá um exemplo: caso o motorista escute um assobio agudo ao frear, é sinal de que as pastilhas não estão boas.
- Carro alugado
Segundo Marcelo Alves, da Poli, é preciso cuidado também com carros alugados. “O motorista precisa checar os itens obrigatórios, verificar as luzes estão funcionando e dar uma olhada embaixo do carro para ver se há algum vazamento. Também nunca se deve alugar um carro com pneus carecas”, ensina.
- Cadeirinha
Desde setembro passado, é obrigatório transportar crianças até 7 anos e meio em cadeirinha ou dispositivo equivalente à idade/altura (bebê-conforto, assento de elevação) em veículos de passeio.
Carros que tenham somente cinto de segurança abdominal (de dois pontos) no banco de trás poderão transportar crianças de até 10 anos na frente, com a cadeirinha ou equipamento mais adequado à idade/altura, ou no banco de trás, sem assento de elevação, no caso das que tenham a partir de 4 anos. Veja mais dicas sobre o dispositivo ideal. A lei não se aplica para transporte coletivo e táxis.
NA ESTRADA
- Cinto de segurança
“Não seja simpático com os passageiros: só dê a partida quando todos estiverem com os cintos de segurança”, afirma Felício Félix, do Cesvi Brasil. Segundo ele, a responsabilidade sobre a segurança das pessoas que estão dentro do carro é de quem o dirige.
- Ultrapassagem
É comum nas estradas de mão dupla o motorista ficar muito próximo de um caminhão que está na sua frente e jogar o carro para a outra pista na tentativa de fazer uma ultrapassagem. “Isso está totalmente errado e prova que as pessoas não sabem como fazer uma ultrapassagem desse tipo”, afirma Urnhani, da BMW. Segundo o piloto, o ideal é se distanciar do veículo que está à frente.
Desta forma, o motorista amplia seu campo de visão, principalmente da pista contrária. “Ele também poderá acelerar na sua faixa por mais tempo, para ficar o mínimo possível na contramão e conseguir fazer a ultrapassagem”, explica. Urnhani lembra ainda que “não precisa acelerar com tudo e dar farol alto quando alguém estiver na sua frente na faixa da esquerda”.
Quando o motorista for utilizar essa faixa para fazer uma ultrapassagem, basta estar com o farol baixo ligado e fazer leves movimentos com o carro. De acordo com o piloto, o motorista que está à frente vai perceber os sinais pelo retrovisor.
Segundo o Código Nacional de Trânsito, é infração impossibilitar a ultrapassagem de alguém. “Às vezes o motorista faz isso achando que está certo porque não está acima da velocidade permitida de uma estrada”, lembra Urnhani. Dar seta para a direita o quanto antes é uma maneira de “acalmar” o motorista que vem atrás, ensina. “Isso já vai deixá-lo ciente de que vai ter sua passagem liberada”.
- Chuva e neblina
Segundo o tenente Moacir Mathias do Nascimento, porta-voz do policiamento rodoviário da Polícia Militar de São Paulo, "o motorista precisa diminuir a velocidade e manter o farol baixo ligado em situações de chuva, neblina e vento forte”.
Urnhani lembra que chuvas fortes podem formar grandes poças na estrada, gerando risco de aquaplanagem, quando o carro perde o contato com o solo. Segundo ele, nesse tipo de situação, o motorista precisa ficar atento ao carro da frente e verificar o rastro que o pneu deixa na água. “Caso essa marca feche muito rápido, é sinal de que a poça é profunda e ajuda o motorista a se preparar a avaliar se ele consegue ou não passar por ali.”
- Acostamento
O tenente Nascimento alerta que “o uso do acostamento é exclusivo para emergências, que podem ser do carro, do motorista ou de algum ocupante”. Também é permitido parar no acostamento para ajudar alguém. Mas parar nessa faixa sem necessidade, além de gerar multa, pode resultar em acidente.
Se houver necessidade de usar o acostamento, o policial aconselha o motorista a colocar o triângulo de sinalização a 20 metros do carro, no mínimo: “Isso faz com que o veículo que esteja na estrada consiga escapar com antecedência.” Urnhani ressalta que, uma vez no acostamento, o motorista e os ocupantes devem procurar algum lugar seguro para ficar. “Eles podem se proteger atrás de um guard-rail ou de alguma mureta de concreto”, indica.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
O Brasil terá 200 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador
Fonte: Revista Proteção
O ano de 2011 será um marco para a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador - Renast. O País contará com 200 Cerests (Centros de Referência em Saúde do Trabalhador). Essa meta foi estabelecida em 2009, pela Portaria GM/MS nº 2.728. Por enquanto, já existem 190 unidades habilitadas, das quais 26 são estaduais e 154, regionais. Para este ano, ainda está prevista a publicação do novo manual de gestão da Renast.
"O Cerest deve desempenhar, enquanto instância da Renast, função de suporte técnico, de educação permanente, de coordenação de projetos de assistência, promoção e vigilância à saúde dos trabalhadores. Ele é uma instância de apoio matricial para o desenvolvimento das ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Primária à Saúde, bem como nos serviços especializados e de urgência e emergência", afirma Carlos Augusto Vaz, coordenador de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.
Além disso, segundo o coordenador, o Cerest tem um papel central na articulação e organização de ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador. Dessa forma, assume "a retaguarda técnica" e se torna "polo irradiador de ações e experiências de vigilância em saúde, de caráter sanitário e de base epidemiológica".
Essa atuação, no entanto, deve ser orientada conforme os "perfis produtivos, sócio-demográficos e epidemiológicos regionais e locais". "Existem diferenças nas prioridades e nas articulações institucionais estabelecidas concretamente dentro e fora do Sistema Único de Saúde", explica Vaz. Mas as ações se baseiam na Portaria 2.728 e com foco nas diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador.
O professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Rodolfo Vilela, por sua vez, destaca que cada Cerest tem uma história. Alguns existiam antes mesmo do estabelecimento da Renast em 2002. "As diferenças são salutares, fruto das experiências vivenciadas. As diretrizes são para que priorizem ações de vigilância e a prevenção", analisa Vilela.
Já para o técnico de segurança do Cerest de Piracicaba, Alessandro da Silva, a atuação ainda depende do controle social, do entendimento da área de atuação, do apoio do município e da política local.
"Os Cerests no País, vêm desenvolvendo as ações de promoção, prevenção às doenças e acidentes relacionados ao trabalho, realizando diagnóstico e reabilitação dos trabalhadores, bem como ações de vigilância em saúde, inclusive nos ambientes de trabalho, de formação de recursos humanos e de orientação aos trabalhadores", conclui Carlos Vaz.
Confira a matéria na íntegra na Edição 232 da Revista Proteção.
O ano de 2011 será um marco para a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador - Renast. O País contará com 200 Cerests (Centros de Referência em Saúde do Trabalhador). Essa meta foi estabelecida em 2009, pela Portaria GM/MS nº 2.728. Por enquanto, já existem 190 unidades habilitadas, das quais 26 são estaduais e 154, regionais. Para este ano, ainda está prevista a publicação do novo manual de gestão da Renast.
"O Cerest deve desempenhar, enquanto instância da Renast, função de suporte técnico, de educação permanente, de coordenação de projetos de assistência, promoção e vigilância à saúde dos trabalhadores. Ele é uma instância de apoio matricial para o desenvolvimento das ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Primária à Saúde, bem como nos serviços especializados e de urgência e emergência", afirma Carlos Augusto Vaz, coordenador de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.
Além disso, segundo o coordenador, o Cerest tem um papel central na articulação e organização de ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador. Dessa forma, assume "a retaguarda técnica" e se torna "polo irradiador de ações e experiências de vigilância em saúde, de caráter sanitário e de base epidemiológica".
Essa atuação, no entanto, deve ser orientada conforme os "perfis produtivos, sócio-demográficos e epidemiológicos regionais e locais". "Existem diferenças nas prioridades e nas articulações institucionais estabelecidas concretamente dentro e fora do Sistema Único de Saúde", explica Vaz. Mas as ações se baseiam na Portaria 2.728 e com foco nas diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador.
O professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Rodolfo Vilela, por sua vez, destaca que cada Cerest tem uma história. Alguns existiam antes mesmo do estabelecimento da Renast em 2002. "As diferenças são salutares, fruto das experiências vivenciadas. As diretrizes são para que priorizem ações de vigilância e a prevenção", analisa Vilela.
Já para o técnico de segurança do Cerest de Piracicaba, Alessandro da Silva, a atuação ainda depende do controle social, do entendimento da área de atuação, do apoio do município e da política local.
"Os Cerests no País, vêm desenvolvendo as ações de promoção, prevenção às doenças e acidentes relacionados ao trabalho, realizando diagnóstico e reabilitação dos trabalhadores, bem como ações de vigilância em saúde, inclusive nos ambientes de trabalho, de formação de recursos humanos e de orientação aos trabalhadores", conclui Carlos Vaz.
Confira a matéria na íntegra na Edição 232 da Revista Proteção.
Adultos são vítimas de bullying e têm carreira prejudicada
Fonte: UOL
Nunca se falou tanto em bullying. Mas a prática de agredir alguém (verbal, física ou psicologicamente) não é comum somente nas escolas. Gente que há muito tempo passou dessa fase usa esse artifício para neutralizar o desempenho e autoestima de colegas no meio corporativo. São profissionais que costumam ter atitudes nada louváveis e incompatíveis com seu currículo, como isolar um colega, zombar de alguma característica, inventar fofocas, boicotar em reuniões ou ridicularizá-lo por sua orientação sexual, política ou religiosa.
É óbvio que pessoas que passam tantas horas por dia em uma mesma empresa tendem a desenvolver vínculos que, uma vez ou outra, acabam descambando para o gracejo ou a gozação explícita. No caso do work place bullying (sim, a prática já ganhou nome próprio), porém, as piadas são feitas com o objetivo de ferir a autoconfiança alheia ou se exibir para o resto da equipe. "Aspectos intelectuais nem sempre estão ligados ao desenvolvimento emocional. Alguém competente pode ter um padrão de comportamento imaturo e ser inseguro", comenta Dulce Helena Cabral Hatzenberger, coordenadora do Departamento de Psicologia do Trabalho da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Para a psicóloga Dorit W. Verea, diretora da Clínica Prisma - Centro de Prevenção e Tratamento em Saúde Emocional, de São Paulo, algumas pessoas não amadurecem, só envelhecem. "A maturidade nos traz a consciência de que ninguém é melhor do que ninguém em absoluto. Geralmente, as pessoas que praticam o bullying adulto depositam suas forças quando têm receio pelos êxitos dos demais. Há um sentimento de irritação, de rancor, em relação ao sucesso que o outro possa ter", pondera.
Segundo a opinião de Dorit, o agressor seria, portanto, um invejoso ressentido com baixa autoestima. "Esse agressor tem claras as suas limitações. Está consciente do perigo constante a que está submetido em sua carreira. É o conhecimento de sua própria realidade o que o leva a destroçar as carreiras de outras pessoas. Pode-se somar o medo de perder privilégios e esta ambição empurra a eliminar obstáculos", afirma.
Marcia Bandini, diretora da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), diz que existem muitas explicações para casos assim. "Em alguns, a pessoa pratica o bullying simplesmente porque tem a oportunidade de fazê-lo. Mais frequentemente, esse tipo de comportamento é uma tentativa de se promover em cima do outro. São técnicas que podem funcionar por algum tempo, mas nunca perduram em bons ambientes profissionais", afirma.
O problema levanta duas questões importantes. Quem pratica bullying na idade adulta fez o mesmo quando criança? Ou foi alvo e quer sublimar a baixa autoestima? De acordo com os especialistas, a relação pode existir, mas não devemos generalizar. É claro que existe uma tendência de que as pessoas repitam comportamentos. Só que isso não é regra. "Muitas pessoas que sofreram bullying na infância conseguiram superar os sentimentos negativos. Isso evita que o bullying seja repetido na idade adulta", esclarece Marcia Bandini.
Já George Barbosa, presidente da Sociedade Brasileira de Resiliência (Sobrare), acredita que essa não é uma relação de causa e efeito. "Eu acredito que duas situações se encontram: um ambiente com uma ética duvidosa e uma pessoa com fracas convicções sobre seus valores. O resultado é a contaminação e a pessoa aderir ao comportamento da empresa", diz.
Vire a mesaMas se na escola as crianças vítimas de bullying podem -quando têm coragem- contar com o apoio de pais e professores, a quem recorrer para lidar melhor com a intimidação ou a zombaria incômoda no trabalho? A psicóloga com abordagem cognitiva Vivian Behar, de São Paulo, dá o clássico exemplo da competitividade em reuniões para sugerir o que fazer.
"Nas reuniões importantes o clima costuma ser de salve-se quem puder. Cada um que queira subir de cargo numa empresa tem de se defender sozinho e não esperar passivamente que outro lhe dê passagem. Quem se vê como vítima de bullying numa situação dessas deve avaliar se é a primeira vez que se sente assim, e, nesse caso, falar com a pessoa que o maltrata.
A psicóloga salienta que é sempre importante que um adulto se posicione sem medo, seja com suas ideias profissionais, seu credo, raça, sexo... "Isso depende mais da sua autoconfiança, da disposição de perder um emprego, amigo, time e buscar novos lugares. Crianças dependem dos pais para implementar mudanças em suas vidas. Adultos, não. Adultos podem lutar por seus espaços", avisa.
Também há quem tenha muita dificuldade de lidar com o que é diferente, o que faz com que o bullying adulto navegue nas águas turvas do preconceito. Há pessoas que sentem-se mais confortáveis entre iguais porque não são desafiadas ou confrontadas em suas crenças e comportamentos. As empresas, na visão dos experts, devem trabalhar no sentido de que a diferença seja vista como algo que desperte o interesse, em vez de temor.
Para Dorit, as corporações precisam ter consciência de que bullying no trabalho é um problema sério e recorrente. "O bullying é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente. E é frequentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura de muitas organizações."
Dorit diz que é importante investir no relacionamento entre os colaboradores (inclusive fora do horário de trabalho). Estabelecer um código de conduta a ser seguido por todos, conversar com as partes envolvidas separadamente e em conjunto e criar um canal para que o funcionário possa denunciar o fato. No plano individual, cada um deve trabalhar para que exista um clima saudável na empresa e se esforçar para, no mínimo, aprender a lidar com as diferenças.
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom
É óbvio que pessoas que passam tantas horas por dia em uma mesma empresa tendem a desenvolver vínculos que, uma vez ou outra, acabam descambando para o gracejo ou a gozação explícita. No caso do work place bullying (sim, a prática já ganhou nome próprio), porém, as piadas são feitas com o objetivo de ferir a autoconfiança alheia ou se exibir para o resto da equipe. "Aspectos intelectuais nem sempre estão ligados ao desenvolvimento emocional. Alguém competente pode ter um padrão de comportamento imaturo e ser inseguro", comenta Dulce Helena Cabral Hatzenberger, coordenadora do Departamento de Psicologia do Trabalho da Faculdade de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Para a psicóloga Dorit W. Verea, diretora da Clínica Prisma - Centro de Prevenção e Tratamento em Saúde Emocional, de São Paulo, algumas pessoas não amadurecem, só envelhecem. "A maturidade nos traz a consciência de que ninguém é melhor do que ninguém em absoluto. Geralmente, as pessoas que praticam o bullying adulto depositam suas forças quando têm receio pelos êxitos dos demais. Há um sentimento de irritação, de rancor, em relação ao sucesso que o outro possa ter", pondera.
Segundo a opinião de Dorit, o agressor seria, portanto, um invejoso ressentido com baixa autoestima. "Esse agressor tem claras as suas limitações. Está consciente do perigo constante a que está submetido em sua carreira. É o conhecimento de sua própria realidade o que o leva a destroçar as carreiras de outras pessoas. Pode-se somar o medo de perder privilégios e esta ambição empurra a eliminar obstáculos", afirma.
Marcia Bandini, diretora da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), diz que existem muitas explicações para casos assim. "Em alguns, a pessoa pratica o bullying simplesmente porque tem a oportunidade de fazê-lo. Mais frequentemente, esse tipo de comportamento é uma tentativa de se promover em cima do outro. São técnicas que podem funcionar por algum tempo, mas nunca perduram em bons ambientes profissionais", afirma.
O problema levanta duas questões importantes. Quem pratica bullying na idade adulta fez o mesmo quando criança? Ou foi alvo e quer sublimar a baixa autoestima? De acordo com os especialistas, a relação pode existir, mas não devemos generalizar. É claro que existe uma tendência de que as pessoas repitam comportamentos. Só que isso não é regra. "Muitas pessoas que sofreram bullying na infância conseguiram superar os sentimentos negativos. Isso evita que o bullying seja repetido na idade adulta", esclarece Marcia Bandini.
Já George Barbosa, presidente da Sociedade Brasileira de Resiliência (Sobrare), acredita que essa não é uma relação de causa e efeito. "Eu acredito que duas situações se encontram: um ambiente com uma ética duvidosa e uma pessoa com fracas convicções sobre seus valores. O resultado é a contaminação e a pessoa aderir ao comportamento da empresa", diz.
Vire a mesaMas se na escola as crianças vítimas de bullying podem -quando têm coragem- contar com o apoio de pais e professores, a quem recorrer para lidar melhor com a intimidação ou a zombaria incômoda no trabalho? A psicóloga com abordagem cognitiva Vivian Behar, de São Paulo, dá o clássico exemplo da competitividade em reuniões para sugerir o que fazer.
"Nas reuniões importantes o clima costuma ser de salve-se quem puder. Cada um que queira subir de cargo numa empresa tem de se defender sozinho e não esperar passivamente que outro lhe dê passagem. Quem se vê como vítima de bullying numa situação dessas deve avaliar se é a primeira vez que se sente assim, e, nesse caso, falar com a pessoa que o maltrata.
A psicóloga salienta que é sempre importante que um adulto se posicione sem medo, seja com suas ideias profissionais, seu credo, raça, sexo... "Isso depende mais da sua autoconfiança, da disposição de perder um emprego, amigo, time e buscar novos lugares. Crianças dependem dos pais para implementar mudanças em suas vidas. Adultos, não. Adultos podem lutar por seus espaços", avisa.
Também há quem tenha muita dificuldade de lidar com o que é diferente, o que faz com que o bullying adulto navegue nas águas turvas do preconceito. Há pessoas que sentem-se mais confortáveis entre iguais porque não são desafiadas ou confrontadas em suas crenças e comportamentos. As empresas, na visão dos experts, devem trabalhar no sentido de que a diferença seja vista como algo que desperte o interesse, em vez de temor.
Para Dorit, as corporações precisam ter consciência de que bullying no trabalho é um problema sério e recorrente. "O bullying é mais do que um ataque ocasional de raiva ou briga. É uma intimidação regular e persistente. E é frequentemente aceita ou mesmo encorajada como parte da cultura de muitas organizações."
Dorit diz que é importante investir no relacionamento entre os colaboradores (inclusive fora do horário de trabalho). Estabelecer um código de conduta a ser seguido por todos, conversar com as partes envolvidas separadamente e em conjunto e criar um canal para que o funcionário possa denunciar o fato. No plano individual, cada um deve trabalhar para que exista um clima saudável na empresa e se esforçar para, no mínimo, aprender a lidar com as diferenças.
Ilustração: Beto Soares/Estúdio Boom
Assinar:
Postagens (Atom)
Acidente de trabalho
View more presentations from Heloísa Ximenes.