quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Brasil terá 200 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador

 Fonte: Revista Proteção

O ano de 2011 será um marco para a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador - Renast. O País contará com 200 Cerests (Centros de Referência em Saúde do Trabalhador). Essa meta foi estabelecida em 2009, pela Portaria GM/MS nº 2.728. Por enquanto, já existem 190 unidades habilitadas, das quais 26 são estaduais e 154, regionais. Para este ano, ainda está prevista a publicação do novo manual de gestão da Renast.

"O Cerest deve desempenhar, enquanto instância da Renast, função de suporte técnico, de educação permanente, de coordenação de projetos de assistência, promoção e vigilância à saúde dos trabalhadores. Ele é uma instância de apoio matricial para o desenvolvimento das ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Primária à Saúde, bem como nos serviços especializados e de urgência e emergência", afirma Carlos Augusto Vaz, coordenador de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde.

Além disso, segundo o coordenador, o Cerest tem um papel central na articulação e organização de ações intra e intersetoriais de saúde do trabalhador. Dessa forma, assume "a retaguarda técnica" e se torna "polo irradiador de ações e experiências de vigilância em saúde, de caráter sanitário e de base epidemiológica".

Essa atuação, no entanto, deve ser orientada conforme os "perfis produtivos, sócio-demográficos e epidemiológicos regionais e locais". "Existem diferenças nas prioridades e nas articulações institucionais estabelecidas concretamente dentro e fora do Sistema Único de Saúde", explica Vaz. Mas as ações se baseiam na Portaria 2.728 e com foco nas diretrizes da Política Nacional de Saúde do Trabalhador.

O professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, Rodolfo Vilela, por sua vez, destaca que cada Cerest tem uma história. Alguns existiam antes mesmo do estabelecimento da Renast em 2002. "As diferenças são salutares, fruto das experiências vivenciadas. As diretrizes são para que priorizem ações de vigilância e a prevenção", analisa Vilela.
Já para o técnico de segurança do Cerest de Piracicaba, Alessandro da Silva, a atuação ainda depende do controle social, do entendimento da área de atuação, do apoio do município e da política local.   

"Os Cerests no País, vêm desenvolvendo as ações de promoção, prevenção às doenças e acidentes relacionados ao trabalho, realizando diagnóstico e reabilitação dos trabalhadores, bem como ações de vigilância em saúde, inclusive nos ambientes de trabalho, de formação de recursos humanos e de orientação aos trabalhadores", conclui Carlos Vaz.

Confira a matéria na íntegra na Edição 232 da Revista Proteção.

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