Brasília – As comemorações do Dia
do Trabalho (1º) estão sendo marcadas por protestos em várias cidades do mundo
contra as medidas de combate à crise econômica internacional. Na França, a
cinco dias do segundo turno das eleições presidenciais, a campanha política
domina as comemorações. Na Grécia, as celebrações do 1° de Maio coincidem com
uma paralisação geral que conta com a participação de funcionários públicos e
privados de vários setores.
Só na França, as entidades
sindicais programaram 280 protestos em várias cidades do país, além de Paris.
Os sindicatos franceses prometem que não haverá mensagens políticas durante os
protestos.
As comemorações do Dia do
Trabalho deste ano ocorrem no momento em que vários governos tentam adotar
pacotes de austeridade, que atingem boa parte da população. Os trabalhadores da
Espanha, de Portugal, da Grécia e da Irlanda temem o aumento do desemprego e
perdas de benefícios sociais.
Há protestos organizados ao longo
do dia na Espanha, em Portugal e na Grécia – países que vivem uma grave crise
fiscal e que tentam implementar pacotes de austeridade. Os espanhóis prometem
manifestações em 60 cidades. Em Atenas, capital grega, o protesto popular foi
convocado por entidades sindicais ligadas aos trabalhadores em greve.
Ônibus, trens e metrôs da capital
grega não funcionarão hoje, enquanto os trabalhadores de barcas e navios da
Grécia, fundamentais para o turismo do país, cruzam os braços por quatro horas.
Profissionais da área de saúde pretendem trabalham com o mínimo de suas equipes
nos hospitais públicos e privados. Na Grécia, os protestos ocorrem a cinco dias
das eleições.
Na Rússia, o presidente eleito,
Vladimir Putin, e o atual presidente, Dmitri Medvedev, participaram de um ato
público em comemoração ao Dia do Trabalho. Em uma semana, Putin assume o
governo em meio a controvérsias envolvendo sua eleição, sob suspeitas de
irregularidades.
Em Havana, capital de Cuba, a
celebração é uma das mais importantes do ano para o governo comunista. Em
Istambul, na Turquia, manifestantes, representando diferentes tendências
políticas, também foram às ruas. Segundo autoridades do país, 20 mil policiais
foram mobilizados para garantir a segurança na Praça Taksim, a mais importante
da cidade.
Até 2010, protestos na Turquia
eram proibidos. Na Praça Taksim, em 1° de maio de 1977, houve mortes e feridos
durante um protesto considerado ilegal, que descambou para um confronto entre
manifestantes e policiais.
Em Jacarta, na Indonésia, cerca
de 9 mil manifestantes foram às ruas reivindicar aumento de salários. A
Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo, registrando uma das maiores
taxas de crescimento econômico do planeta, mas metade da população ainda vive
abaixo da linha da pobreza. Passeatas também foram registradas no Timor Leste,
nas Filipinas e em Hong Kong.
Com informações da RFI, emissora
pública de rádio da França
Nenhum comentário:
Postar um comentário